Cubo
Escrevemos o que dizemos.
Assentamos o que pensamos.
E cruzamos os olhares que,
Uma vez trocados,
Se voltam para a forma das sombras nas paredes.
E como parecem travá-las de se fechar sobre nós.
Os nossos gritos não transpiram palavras
Porque nada parece nos impedir de sair,
Como se tudo corresse para um fim único,
Inevitável.
Adiável,
Apenas porque as sombras assim o entendem.