Numa Natureza Morta
"All my heart is on this pages, open to abuse. I should try to be dishonest but I lose."
sexta-feira, abril 02, 2004

Sim, ali estão elas....
Olhai, olhai!! Espreitai por entre as sombras....

Mas cuidado!! Afastai-as do medo nos vossos rostos e da insegurança nos vossos gestos!! De contrário acreditai que sereis os próximos!! Elas não conhecem a piedade ou o perdão!! Apenas a doce inocência de uma destruição que não lhes pertence.

Oh, e como são doces.... Meu Deus, como são doces ....

Oh, vejo agora como eu estava errado....

Caminhai, caminhai para elas e deixai-vos morrer nos seus braços!! Nenhum outro destino vos comove!!

Quadro:

Belas jovens sepultam o coração de rapazes confusos (despojos do eterno conflito entre paixão e amor).


Merda, acho que algures nos reajustamentos estraguei esta porra toda. Bem, "whattever" ....

posted at 4/02/2004 12:15:00 da manhã by Tiago
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terça-feira, março 30, 2004

1- Os comentários estavam a criar algumas dificuldades e tve de tirar os sistema do "pop up" (abrir uma janela nova).

2- Apetecia-me mais escrever um artigo a criticar de todas as maneiras e feitios o sr. Ryan Adams, mas como prometi que ia publicar a continuação do texto, fica adiado para uma próxima oportunidade.

2- Segundo capítulo de Cinco (arranjei um nome mesmo agora, "Morte em Tempo Real"). O primeiro foi publicado no dia 24 de Março do mês corrente. Agradeço, desde já, a alguém que os lê-a.

A faculdade fica perto de onde moro. Costumo ir a pé, principalmente em dias como este, quando nos aproximamos a passos largos do Verão.
O sol está quente e esquivasse ao aglomerados de prédios que me rodeiam, o que aquece ainda mais o meu corpo. Estendo-lhe o vermelho da minha fronte queimada. Tento alcançá-lo, sentir-me próximo dele. Meto-me em bicos de pé e abro os braços. Neste momento o meu corpo desenha um curioso quadro: um jovem de 20 anos com os olhos encerrados, mas esforçados por centrarem o sol, a abanar os braços como se acreditasse poder largar o chão do passeio e voar.
Recupero a vista e recomeço a andar, lentamente, a evitar as beatas de cigarros, espalhadas por todo o lado. Gastas e usadas, tal como eu. Votadas ao abandono por mãos descuidadas, e sem outra razão que não o desleixo para continuarem ali, tal como eu.
Ainda faltam vinte minutos para o início da aula e o caminho faz-se em pouco mais que dez.
Atravesso um daqueles bairros a que apelidam de tipicamente portugueses. Os prédios – com poucos andares – estreitam a passagem de tal forma que impossibilitam a entrada a carros. Há um outro caminho paralelo a este, mas o trânsito apressado de automóveis e peões não me agrada. Nunca gostei de confusões e agora já é tarde de mais para as apreciar. A estima pela solidão é um daqueles gostos adquiridos, que se aprendem.
Noto com agrado que ao contrário dos veículos, o sol consegue seguir.
Ouço mães a afiançar aos filhos que se não se despacharem irão perder o autocarro; ouço os filhos queixarem-se que o sono lhes inibe a pressa. Pequenos comerciantes, já idosos, abrem lojas que os sobrevivem. Já sobreviveram aos seus pais e, se tudo correr bem, um dia será aquele neto que se mostra mais sociável a continuar o negócio. Sim, porque os ingratos dos filhos não querem saber da mercearia, que está na família desde o século IXX. Mas com certeza, o pequeno Miguel vai ser diferente. O “Vô João” vai ensiná-lo a amar as tradições. Sim, com ele vai ser completamente diferente.
Passados aqueles que foram os 15 minutos mais rápidos da minha vida, chego à escola. Entro.

posted at 3/30/2004 11:23:00 da tarde by Tiago
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segunda-feira, março 29, 2004

Carta

Como anda tudo?
Eu sei que não devia ter a lata de te perguntar, mas mesmo assim gostava de saber.
Não, eu não quero pedir desculpa. Não sinto que seja pertinente. O que eu fiz, fi-lo porque o tinha de fazer. Já não aguentava mais o vazio da nossa relação. Eu fazia tudo por ti. Estava sempre disponível para te ouvir. Eu sei que às vezes não parecia, que nos zangavamos, mas sempre gostei muito de ti.
Como posso deixar ter carinho por ti? Vi-te crescer! Conheci-te, tinhas tu 13 anos. Passavas férias aqui em Castelo Branco, na casa do teu pai. Uns minutos de conversa e ficámos amigos. Uns dias depois foste de férias para o Algarve. Pensei que talvez te fosses esquecer de mim, afinal passavas o ano lectivo em Lisboa, com a tua mãe, avó e o Pirulito (espero que a minha memória ainda recorde o nome do teu amigo de quatro patas que tanto estimas).
Mas não te esqueceste e fomos mantendo o contacto através do IRC e a amizade foi crescendo - ou pelo menos assim pensei. No meu telemóvel foste Aranhinha, Catarininha e Lolita. Ainda o és.

Hoje tens 15 anos. Sim, eu passei o teu aniversário em Lisboa sem uma palavra tua.
O pior nisto tudo é que não consigo evitar acreditar que fui o único a perder com corte de relações a que nos obriguei. Sinto que tu nunca olhaste para trás, que aceitaste tudo como aquele que não abranda o passo ao se deparar com uma triste moeda de 20 cêntimos no passeio.
Quem me dera ser o teu telemóvel esquecido numa qualquer mesa de café. Sei que assim voltavas para me buscar. Dessa forma ao mandar-te um toque não correria o risco de receber uma sms a perguntar "de quem é este número, se faz favor?".

posted at 3/29/2004 11:34:00 da tarde by Tiago
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Letras numa Tela (quarta-feira meto o "segundo capítulo de cinco").

daydream.jpg

posted at 3/29/2004 12:00:00 da manhã by Tiago
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